sábado, 30 de maio de 2009

25 de maio de 2009

Depois de tanto lamento e frustração, já não sabia o que era amar. E talvez nunca tenha realmente descoberto o que significava o sentimento; iludia-se em contratempos e destes tornava-se escravo. Até então. Ah, se controlasse suas emoções, se pudesse conter a explosão... tinha de ser diferente. Podia...

Fazia tempo e as horas se aceleraram.

A felicidade lhe mostrou um rosto que nunca havia visto antes; iluminado, cegava, uma mescla de pureza e sedução. Talvez tenha mesmo se deixado seduzir. Dançou em seu ritmo. E como que de impulso, sua boca a tocou num beijo prolongado. Que estranho gosto seria aquele, de que seria feito? Era impossível identificar e bom demais para freiar os lábios que já não mais o pertenciam. Congelaram. "À eternidade", pensou. Um, dois, três, quatro meses se foram, e o calor de seu corpo era tanto que evaporou a boca em pedra. Emudeceu, antes mesmo de poder falar o quanto aquilo representava para si. Antes mesmo de se deixar ser amado. E agora que beijá-la virou utopia, sem os lábios no rosto para sorrir, restaram-lhe apenas os olhos à chorar. E, por controverso que seja, percebeu que quando antes longe, a tocava muito mais.

A felicidade, já não mais o reconhecendo, transformou-se em angústia.
E, então, fez-se o tempo... justo quando não mais queria notá-lo... e foi como se as horas retardassem... quase parando.

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