sábado, 10 de janeiro de 2009

Férias

Chegando de viagem! Cinco longos dias de prisão em uma casa em Boiçucanga - ou Boissucanga, como queiram, vez que nem os órgãos públicos de lá se decidem sobre qual seria a grafia correta do sub-distrito. Como o único atrativo é a praia - aliás, pior mil vezes do que a de Santos - e São Pedro não colaborou, não fizemos nada em absoluto no primeiro e segundo dia, tirando um rápido "parabéns" pro meu pai.

Com a ausência da chuva, mas também do sol, o terceiro dia foi mais promissor. Andamos pelos shopping, umas quinze lojinhas a céu aberto, e fomos ao Circo Zanni, o maior espetáculo da Terra para umas 400 pessoas. Eu já tinha ido outra vez neste circo, e é legalzinho mesmo. Contei 13 artistas no total (duas crianças), que trabalham tanto na bilheteria e bazar quanto no espetáculo em si. O Felipe se interressou por uma malabarista, e eu retruquei que o Hobbit era bonitinho (outro artista, que apelidei dignamente). A noite, nada.

No quarto dia encontramos o Felipe, primo da Luanna. Ela não quis vir nos ver, mas tudo bem, por que ela é legal mesmo assim. O Felipe estava com alguns amigos, umas tuxas também. Saímos algo em torno de 21 horas de casa, e meu pai queria que chegássemos às 22. Rá rá rá. No fim os amigos dele foram pra não sei onde com um narguile, e nós ficamos rodando pela cidade com 8 reais em mãos. E, claro, não tinha lugar algum que desse pra entrar com esse dinheiro. Na verdade, não tinha lugar algum por dinheiro nenhum. ¬¬'


O divertido foi que duas mães loucas no ponto de ônibus em frente ao posto de saúde deram em cima da gente quando passávamos. Juro que não ouvi, tenho que apurar mnha audição pra essas coisas. Elas se revoltaram, e nos chamaram de metidos, e eu respondi que era gay. Continuamos rodando, e como o lugar é imenso, encontramos novamente com as nativas. Era um lugar mais iluminado, e suas formas ficaram mais evidentes: ela era o Predador.

A louca nos chamou pra fumar na praia, e fomos juntos pq ela era divertida e não tinha mais nada pra fazer. A Predador se chamava Camila, mas ela nos explicou que não era a Camila Pitanga, e sim a Camila Manga. Sua filha estava com um furúnculo na virilha, e ela estava lá pq sua cria precisava de uma benzetacil. A Manga e sua amiga que não lembro o nome continuaram a dar em cima da gente, e daí decidimos continuar andando. Nada mais me lembro.

No quinto dia eu descobri que haveria um sexto, para contentamento geral da nação. Fez sol, mas nem tanto, e ficamos na praia um pouco. Quando voltamos, descobri que perdi a cena do Pedrinho, que subiu pra varanda e fez xixi na cabeça do meu avô, que estava sentado lá em baixo. Pensamos em não fazer nada na rua novamente, e o Felipe tinha largado um barzinho aí pra nos ver. Saímos e ficamos andando.

Fomos até o circo novamente, e vimos a malabarista e o Hobbit juntos, com uma criança - provavelmente uma família. Meu pai ficou ligando, querendo que voltássemos. Falamos que o Felipe já estava vindo, só pra nos ver, e ainda pensamos em ficar jogando buraco em casa, mas ele estava de birra e não deixaria o menino entrar. Pior, ligou pro menino, falou pra ele descer do ônibus e voltar pra casa. É estranho como de repente ele faz coisas absurdas, sem motivo. Talvez seja por necessidade de demonstrar sua autoridade quando meus avós estão por perto. De qualquer forma, fiquei extremamente sem graça em relação ao menino. Voltamos pra casa, ficamos jogando até não sei que horas e fomos dormir.

Hoje, sábado e sexto dia, voltamos logo cedo pra Santos, finalmente. :]

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Non, rien de rien

Já fazem umas quatro horas que estou tentando escrever aqui, mas sendo interrompido a cada frase formada. Minha virada de ano definitivamente não foi das melhores. Não postei antes e o ano já se encerrou, mas ainda há tempo para toda aquela série de desejos ao ano vindouro, 363 dias de 2009 ainda estão por vir. Fica pra depois.

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

(Fernando Pessoa, 1931)